Programa de Mentoria de IT Women
Quais são os objetivos do programa?
O objetivo do Programa de Mentoria de IT Women é promover a participação e liderança das mulheres na comunidade do LACNIC e no ecossistema da Internet.
O programa busca promover o desenvolvimento profissional de mulheres na comunidade técnica da Internet da América Latina e o Caribe, promovendo particularmente, seu envolvimento nos espaços de participação do LACNIC.
Mediante uma chamada aberta, o programa seleciona profissionais interessadas em produzir um trabalho técnico alinhado ao objetivo geral, a uma das linhas de pesquisa/trabalho de interesse do LACNIC e a um dos tópicos associados (ver linhas e tópicos de pesquisa/trabalho na seção abaixo).
A edição 2022 do Programa de Mentoria de IT Women foi organizada em parceria com ANUIES-TIC (México).
O programa oferece o quê?
Oferece uma mentoria de 6 meses com os seguintes benefícios:
- Designação de um líder da comunidade técnica como mentor.
- Acompanhamento do mentor na qualidade de:
- tutor na produção do trabalho técnico;
- coach para a realização de apresentações e divulgação do trabalho; e
- guia sobre desenvolvimento profissional.
- Oportunidade de apresentar os resultados do trabalho de forma presencial no Fórum Técnico do LACNIC que vai acontecer no âmbito do evento LACNIC 39, (local a confirmar).
- Acesso a formação sobre temas técnicos, soft skills e conteúdos transversais de interesse geral.
- Acesso gratuito aos cursos virtuais oferecidos no Campus do LACNIC.
- Instância de formação sobre os objetivos, funções e oportunidades de apoio do LACNIC.
- Possibilidade de participar em uma publicação conjunta; apresentando os resultados do trabalho e em instâncias de troca de conhecimento e capacitação.
Estimam-se pelo menos 4 encontros com o mentor/a, sessões de acompanhamento com a equipe do LACNIC e capacitações ao longo dos 6 meses, além do tempo necessário para o desenvolvimento do trabalho técnico. Da mesma forma, uma apresentação dos resultados intermediários do trabalho deverá ser feita 3 meses após o início do programa.
A oportunidade de apresentar pessoalmente os resultados do trabalho no Fórum Técnico do LACNIC estará sujeita à avaliação da equipe responsável pelo programa conjuntamente com o mentor ou mentora designado para cada candidata.
Podem se candidatar mulheres com formação e/ou experiência profissional em áreas técnicas, interessadas em produzir trabalhos que contribuam para o desenvolvimento e fortalecimento da Internet na região, em particular, em uma das linhas e tópicos de interesse do LACNIC. As candidatas deverão morar e desenvolver suas atividades na América Latina e o Caribe, especificamente em territórios que façam parte da área de abrangência do LACNIC.
As candidatas selecionadas deverão ter disponibilidade para concluir o processo de mentoria e o trabalho técnico proposto dentro dos 6 meses de colaboração estabelecidos.
Os trabalhos técnicos devem estar alinhados com o objetivo geral, uma das linhas de pesquisa/trabalho de interesse do LACNIC e um dos tópicos associados (ver linhas e tópicos de pesquisa/trabalho).
Todas as candidaturas devem ser preenchidas através de um formulário on-line que inclui informações sobre a formação e experiência profissional da candidata e uma descrição do trabalho técnico proposto.
As candidaturas recebidas serão avaliadas pelo comitê de seleção do programa, formado por especialistas das organizações envolvidas no Programa de Mentoria.
Os critérios de seleção são: a) formação técnica da candidata (seja ao nível da formação acadêmica e/ou experiência profissional); (b) tema do trabalho proposto e relevância para a comunidade do LACNIC; e (c) viabilidade de desenvolver o trabalho dentro do prazo da mentoria.
Os mentores são atribuídos de acordo com os perfis dos candidatos, bem como a linha e tema de trabalho da candidata.
Quais são as datas principais do programa?
- A edição 2023 abrirá seu período de inscrições em agosto.
- Por consultas, comunique-se pelo e-mail: mentoreo@lacnic.net
Graciela Becci, Argentina
PhD da Universidade de Durham em Engenharia e Robótica, com graduação em Engenharia em Eletrônica, pela Universidade Nacional de San Juan, com especialidade em Controle Automático e Mestrado em Redes de Dados em curso, pela Universidade Nacional de La Plata. Experiência em pesquisa e transferência tecnológica: UNSJ-ANPCyT, área de segurança de redes de dados aplicada em agrometeorologia. I+D em robótica e inteligência artificial no setor do gás e do petróleo, teste de sistemas distribuídos embebidos no setor automotor. Além disso, possui experiência em ensino superior. Graciela propõe trabalhar na “Análise de Requerimentos de segurança no roteamento externo do protocolo BGP e particularidades no uso dos recursos atribuídos para o desenvolvimento de um modelo de contrato inteligente aplicável a futuras soluções em Blockchain”. Seu trabalho técnico proposto, centra-se em melhorar a segurança no roteamento externo do protocolo BGP (Border Gateway Protocol), com o objetivo de desenvolver um modelo de contrato inteligente aplicável a soluções de segurança em Blockchain.
Deborah Mesquita, Brasil
Bacharel em Ciências da Computação e Técnica em Eletrônica. Atualmente desempenha-se como cientista de dados líder em NTT DATA. Sua proposta de pesquisa chama-se “Identificação de pacotes maliciosos em dispositivos loT através de aprendizado automático” e centra-se nos microcontroladores que podem democratizar os sistemas e soluções de loT. Deborah acredita que seja importante desenvolver pesquisas para estes dispositivos de baixo custo, pois é algo no qual as empresas não se interessam por causa do seu baixo retorno sobre o investimento.
María Cristina Lopez, Ecuador
Engenheira Eletrônica especializada em Telecomunicações, pela Universidade Politécnica Salesiana do Equador. Desempenha-se como coordenadora da Academia CITIC IPV6. Ela se treinou, pesquisou e trabalhou em IPv6 e tem interesse no assunto para continuar desenvolvendo, e contribuir para o melhoramento da comunicação através da Internet com redes TODO IPv6, o que permitiria ter maior acesso às redes, aplicações e serviços em IPv6. Acredita que esta oportunidade lhe permitirá não só melhorar e aprofundar seus conhecimentos técnicos, mas também as habilidades necessárias para o desenvolvimento pessoal e profissional, bem como o contacto e apoio dos profissionais da LACNIC.
Seu trabalho é sobre “Desenvolvimento do laboratório de provas de compatibilidade com TODO IPv6, através do portal www.ipv6ecuador.org.ec, certificado em IPv6, para a Academy CITIC IPv6”. O problema identificado é que, até agora, praticamente na nossa região, a solução à transição para a IPv6 tem sido através da habilitação do Dual-Stack no CPE ou túneis do tráfego IPv6 sobre IPv4, o que não permite utilizar todas as vantagens que fornece o protocolo IPv6.
Mónica Peña Casanova, Cuba
Doutora em Ciências Técnicas, com um mestrado em Telemática e Engenheira em Telecomunicações. Reitora da Faculdade de Cibersegurança, Universidade das Ciências Informáticas e professora titular de Arquitetura de Redes TCP/IP, Teleinformática I e II, Redes e Segurança Informática, Gestão e Segurança de Redes de Telecomunicações, IPv6, Configuração de Equipamento Ativo de Redes, Gestão de Infraestruturas TI em pré-graduação e pós-graduação. Tem interesse em participar do programa para poder interagir com pesquisadores em temáticas afins à sua, promover os resultados do seu trabalho e para poder continuar a pesquisa de doutorado sobre Gestão de Infraestruturas TI e sua aplicação em diferentes setores da indústria. Sua proposta de pesquisa titula-se “Gestão de Infraestruturas TI”. A gestão das infraestruturas das tecnologias da informação, intrinsecamente heterogêneas e dispersas facilita sua assimilação nas organizações. Para implementar a gestão, tem surgido vários marcos de referência com insuficiências para sua unificação; modelos de gestão padronizados com pouca integração entre eles e imprecisão nas soluções de avaliação de impacto. O anterior provoca desalinhamento e complexidade na gestão, atingindo o aproveitamento das tecnologias da informação nas organizações.
Adriana Ticonipa Gutierrez, Bolivia
Engenheira em Sistemas da Escola Militar de Engenharia com diploma em Educação Superior da UMSA. Firebase Lover. IoT Developer. Women Techmaker Ambassador, Lead Organizer da comunidade GDG La Paz 2021 e Women+ in Firebase founding member & co-organizer. Trabalhou como educadora, mentora e realizou projetos tecnológicos baseados em internet das Coisas, desempenhando-se tanto no âmbito tecnológico quanto comercial. Atualmente trabalha em GAMLP DTIGA na Unidade de Infraestrutura Tecnológica. Ela vai trabalhar no “Sistema de Monitoramento para a Detecção de Deslizamentos em Áreas de Risco mediante IoT e WSN”. Seu trabalho baseia-se em desenvolver um sistema de monitoramento para a detecção de deslizamentos em zonas de risco mediante uma rede de sensores sem fios baseado em topologia mesh e loT que permita um monitoramento remoto e em tempo real para levar um registro de dados precisos e em línea para avaliar o grau de avanço e a magnitude de um possível deslizamento e desta forma gerar alertas automáticas para tomar ações preventivas de maneira oportuna, desta forma, mediante o sistema, possam ser tomadas previdências preventivas através de alertas automáticas em caso de movimento em zonas de risco para assim realizar projetos preventivos, a fim de evitar perdas humanas e danos materiais.
Priscilla Severgnini Hernández, Uruguay
Engenheira em Telecomunicações formada pela Universidade Católica do Uruguai. Atualmente trabalha em UTE, empresa uruguaia de energia elétrica. Seu interesse está na Internet das coisas e os novos níveis de segurança que são necessários para sua aplicabilidade comercial e vê no Programa de Monitoramento, uma chance única para impulsionar sua carreira profissional devido a que lhe oferece a possibilidade de estar em contato com especialistas de sua matéria de estudo. Sua proposta de trabalho titula-se “Aplicação de Enterprise Blockchain a Medidores Inteligentes”. Há alguns anos, em seu lugar de trabalho, está sendo realizada uma mudança de medidores de energia elétrica dos seus clientes a medidores inteligentes. Com estes dispositivos, procura-se aplicar tarifas convenientes, realizar as medições de forma mais eficiente entre outros. A informação que é transmitida pela rede, torna-se essencial portanto, precisam-se de técnicas que garantam a confiabilidade e a integridade da informação. Enterprise Blockchain é uma tecnologia nova cuja fortaleza está orientada nestas necessidades portanto, interessa-lhe estudar a aplicabilidade dela à transmissão de dados de medidores elétricos.
Lesly Mariela Escobar García, Nicaragua
Engenheira Eletrônica pela Universidade Nacional de Engenharia (UNI) da Nicarágua. Atualmente, desempenha-se como engenheira NOC em REDCA. S.A. Seus temas de interesse são redes IP e transporte de dados. Ela propõe trabalhar na “Análise dos diferentes atributos BGP que pode implementar um ISP para enrotar tráfego para a internet”. Existem diferentes atributos à disposição para que os diferentes ISP possam configurar o roteamento do seu tráfego para a internet. Como funciona cada um deles e como se escolhe a melhor rota possível para as redes que estão sendo anunciadas são algumas das questões sobre as quais ele trabalhará, argumentando que este tema é muito importante para o pessoal dos ISP, conhecendo com profundidade as ferramentas necessárias pode-se aprimorar o funcionamento da rede.
Debora Santos, Brasil
Mentor: Rogerio Mariano Souza.
Engenheira Eletrônica formada pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ). Possui Mestrado e Doutorado, ambos em Engenharia de Telecomunicações, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio. Além disso, tem o MBA em Segurança da Informação, pelo instituto IBMEC.
Com cerca de 20 anos de experiência na área de Redes de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC), atualmente integra a equipe de planejamento de redes de TIC e atua como líder técnica de um Grupo de Trabalho que tem como algumas de suas atribuições, orientar o uso consciente da Internet na companhia, nortear as soluções técnicas a serem adotadas nas redes LAN, WAN e peers Internet para garantir, entre outros aspectos, a melhor experiência aos usuários, sem prescindir da Segurança da Informação.
Seus assuntos de interesse incluem, entre outros, redes TCP/IP, protocolos de roteamento, redes verdes, pesquisa operacional, segurança da informação e ciência de dados, propondo a realização de um trabalho técnico intitulado “Distribuição otimização de tráfegos inter-AS”.
Vanessa de Oliveira Mello, Brasil.
Mentor: Carlos M. Martinez
Vanessa trabalha como engenheira de redes e segurança em uma empresa de aquisição de cartão de crédito. Ela tem três anos de experiência em telecomunicações e dez em computação. Gerenciou um sistema autônomo, fez migrações de datacenters, desenvolveu análise de engenharia de tráfego e automação com Ansible, shell script e PHP. Seu interesse está na implantação de automação de rede na região, propondo a realização de um trabalho técnico intitulado “Automação de redes: Idempotência na configuração de um AS” Ela disse que muitos hijacks são devidos a erros de configuração e, portanto, propõe empoderar os analistas de rede para conhecer as ferramentas disponíveis para a automação e criar templates de configuração no Ansible que sigam boas práticas.
Maria Jesus Cresci Barrientos, Uruguay.
Mentor: Marcela Orbiscay
María Jesús é Engenheira Telemática graduada pela Universidade de Montevidéu. Está interessada em áreas de estudo relacionadas a networking e o software integrado a essas tecnologias, tanto SDN quanto SD-WAN. Ela procura principalmente a integração de infraestrutura com software, e pesquisar sobre essa convergência que está ocorrendo em diferentes áreas: gerenciamento de equipamentos, telemetria, controle de tráfego por software, plataformas de coleta de dados de sensores da IoT, entre outras. Fez um trabalho técnico intitulado "Protocolos e plataformas de software para o desenvolvimento efetivo da IoT." O trabalho é focado principalmente na IoT e os protocolos de rede necessários para áreas onde não há cobertura de sinal de qualquer tipo (por exemplo, áreas rurais) e onde se querem implementações de sensores para monitoramento de propriedades, pecuária, variáveis ??ambientais, entre outros. O estudo técnico trata da viabilidade de uso de diferentes protocolos de acordo com seus pontos fortes para conectividade em áreas remotas, estudando também as funções e características adequadas de uma plataforma de software padrão para receber as variáveis ??coletadas pelos sensores.
Yisel Elena Tamayo, Cuba
Mentor: Álvaro Retana
Yisel é Engenheira em Ciência da Computação. Hoje atua como administradora de sistemas e servidores, e suas tarefas estão associadas à implantação de sistemas e soluções na nuvem, bem como à manutenção e monitoramento de sua infraestrutura. Ela se propôs trabalhar na pesquisa “Modelo de gestão e controle de disponibilidade na automação dos processos de monitoramento da infraestrutura tecnológica”. Este trabalho oferece a possibilidade de executar o modelo de gestão de TI em GSI, evidenciando nos componentes tecnológicos um aumento significativo no tempo e/ou percentual de disponibilidade.
Dalia Kelly Terán Arévalo, Colombia
Mentora: Nathalia Sautchuk
Dalia é Engenheira em Eletrônica e Telecomunicações. Ela tem conhecimentos e experiência no gerenciamento de redes e serviços no IPv4 e IPv6, endereçamento IP, segurança em redes e sistemas de informação, e protocolos e mecanismos de segurança. Sua pesquisa esteve focada na área de segurança em redes: "Análise de segurança em redes de informação IPv6 em um ambiente virtualizado". O projeto explorou como implementar e analisar a segurança da rede IPv6 de uma organização, minimizando a exposição de ataques antes de colocá-la em produção e sem afetar o funcionamento da rede operacional.